ISA CTEEP inova ao desenvolver primeiro projeto com tecnologia FACTS do tipo smart valves no sistema elétrico nacional

  • Tecnologia inédita no Brasil gera maior flexibilidade e estabilidade ao sistema de transmissão, ao redirecionar o fluxo de energia dos circuitos sobrecarregados para os mais ociosos, evitando a necessidade de obras convencionais, como reconstrução de linhas de transmissão;
  • Solução proposta pela companhia será instalada na subestação Ribeirão Preto, em um primeiro momento; depois, será transferida para as subestações Votuporanga e São José do Rio Preto (SP);
  • Iniciativa impulsiona a transição energética ao permitir rápida integração de fontes renováveis ao sistema elétrico
 
São Paulo, 18 de setembro de 2024 – A ISA CTEEP, líder em transmissão de energia no Brasil, obteve, hoje, aprovação para implementar o primeiro projeto do sistema elétrico nacional com tecnologia FACTS (Flexible Alternating Current Transmission Systems ou Sistemas de Transmissão de Corrente Alternada Flexíveis, na tradução) do tipo M-SSSC (Modular - Static Synchronous Series Compensator ou Compensador Estático Síncrono Série Modular, na tradução).
Em evento realizado hoje pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), em Brasília, a empresa assinou o ato autorizativo para a implantação da tecnologia na subestação Ribeirão Preto, após dois anos de estudos realizados em conjunto com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e o ONS (Operador Nacional do Sistema), e com indicação do MME (Ministério de Minas e Energia) e regulação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A tecnologia inédita no Brasil vai gerar maior flexibilidade operativa e estabilidade ao sistema de transmissão, pois otimiza o uso das linhas existentes e evita a execução de obras convencionais, como reconstrução de linhas de transmissão. “O tipo de FACTS utilizado é um dispositivo de controle de potência modular e flexível que permite redirecionar o fluxo de energia dos circuitos sobrecarregados para outros que estão mais ociosos, maximizando o aproveitamento do sistema elétrico existente”, explica Claudio Domingorena, diretor-executivo de regulação, estratégia e inovação da ISA CTEEP.


Figura 1 - Com a diretoria da ANEEL, executivos da ISA CTEEP assinam ato autorizativo para uso de FACTS do tipo M-SSSC na Subestação Ribeirão Preto da Companhia
 
“A agenda da ANEEL é de modernização, digitalização e utilização de novas tecnologias, por isso, a importância da autorização para que a ISA CTEEP instale dispositivos FACTS, com base na nova tecnologia SSSC, para controle de fluxo de potência, ação pioneira no País. Temos a convicção de que essa nova tecnologia permitirá uma otimização do sistema de transmissão, com postergação de investimentos, menor custo global de alternativas e possibilidade de uso dos equipamentos em outras localidades do sistema. A Autorização emitida hoje renova o compromisso da ANEEL com a evolução do setor, para assegurar a contínua inserção de fontes renováveis, reforçando a contribuição do setor elétrico na transição energética”, ressalta Sandoval Feitosa, diretor-geral da ANEEL.

“O ato autorizativo do primeiro projeto com tecnologia FACTS, do tipo M -SSSC, para aplicação no Brasil, representa um marco importante, fruto de um estudo de planejamento de caráter inovador realizado conjuntamente pelas equipes da EPE e da ISA-CTEEP, abrindo mais um leque de alternativas tecnológicas aplicáveis ao sistema interligado nacional, em uma nova realidade marcada pela transição energética e pelos eventos climáticos extremos que, certamente, demandará uma rede de transmissão cada vez mais robusta e flexível para atender de forma segura aos diferentes cenários de carga e geração”, explica Thiago Prado, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

"É com satisfação que vemos, nesse Ato assinado hoje, a concretização de um trabalho de planejamento executado com a participação próxima e determinante da Concessionária. A apresentação pela ISA CTEEP de uma solução tecnológica inovadora, e que conseguiu se tornar competitiva frente às demais alternativas convencionais, é um passo importantíssimo para a inserção desse tipo de equipamento em outros pontos do Sistema. Com isso, ganhamos uma rede mais flexível e resiliente", diz Guilherme Zanetti, diretor de planejamento e outorgas de transmissão e distribuição de energia elétrica e interligações internacionais do Ministério de Minas e Energia (MME).

A solução proposta pela ISA CTEEP vai se desdobrar em duas fases no Estado de São Paulo: uma conjuntural e temporária na subestação Ribeirão Preto, que poderá ser instalada no primeiro semestre de 2025, e outra estrutural e permanente nas subestações Votuporanga e São José do Rio Preto, prevista para 2027, a fim de evitar obras adicionais envolvendo linhas de transmissão. A primeira atenderá a uma necessidade emergencial da região, em especial da demanda industrial por energia, enquanto a companhia executa obras de reforço em linhas de transmissão, de forma a aliviar o sistema elétrico e antecipar o desenvolvimento econômico local.

O projeto que coloca o Brasil em linha com práticas internacionais, com casos de sucesso em países como Colômbia, Estados Unidos e Inglaterra reflete a importância da integração de novas tecnologias na gestão do sistema elétrico nacional. “A expectativa é de que, ao longo dos próximos anos, o uso dessa solução se torne mais comum no País, permitindo uma operação flexível, eficiente e sustentável do sistema elétrico. Com esse recurso antecipado na região de Ribeirão Preto, por exemplo, vamos conseguir aliviar o sistema, antecipando os benefícios de desenvolvimento econômico para a população local”, afirma.

O investimento estimado é de cerca de R$ 75 milhões para a primeira fase na região de Ribeirão Preto, com custo adicional de R$ 15 milhões para o transporte e a instalação permanente dos equipamentos na segunda fase, contemplando a região de Votuporanga e São José do Rio Preto.

Na avaliação do Domingorena, as tecnologias FACTS do tipo M-SSSC (Modular - Static Synchronous Series Compensator ou Compensador Estático Síncrono Série Modular, na tradução) desempenham importante papel no suporte à transição energética, pois permitem acelerar a integração de fontes renováveis ao sistema elétrico, especialmente com o exponencial crescimento da geração renovável distribuída. “Além de permitir otimizar a operação da rede, essa solução oferece um prazo de instalação mais curto com impacto ambiental mínimo, uma vez que pode ser implementada dentro dos limites de subestações já existentes. Isso resulta em maior segurança, resiliência e flexibilidade para o sistema, tanto no curto quanto no longo prazo”, conclui.

Sobre a ISA CTEEP
Pioneira no desenvolvimento de inovações que contribuem com a transição energética, a ISA CTEEP é formada por mais de 1.600 colaboradores e atua em 18 Estados do Brasil, operando uma rede de transmissão por onde trafegam cerca de 30% de toda a energia elétrica transmitida no País e aproximadamente 95% no Estado de São Paulo. A Companhia está comprometida em contribuir com a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas e promove programas que geram impactos sociais e ambientais positivos (saiba mais). Seu sistema elétrico é composto por mais de 31 mil km de circuitos (cerca de 28 mil em operação e 3,4 mil em construção), incluindo ativos próprios e controlados em conjunto, e 137 subestações próprias (129 em operação e oito em construção) com tensão de até 550 kV. Seu acionista controlador é a empresa colombiana ISA, que detém 35,82% do capital total.
 
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